Inquietações
Um homem, na vida de uma mulher, não é mais que uma mera circunstância.
posted by Temp at 5/23/2005 09:07:00 AM
Monday, May 23, 2005
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Sem bocas nem recados
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- Está um sol maravilhoso em Paris.
7 Bocas:
uma mulher, na vida de um homem, é apenas mais um brinquedo
...um companheiro em diversas circunstâncias
O universo homem/mulher corresponde a um gigantesco salão de baile onde, simultaneamente, soam inúmeros estilos diferentes de música e de dança. Vagueando pela sala, formam-se pares que dançam a noite inteira, outros trocam de parceiro (com maior ou menor frequência), outros ainda optam pelos estilos mais contemporâneos e individualistas. Há também quem experimente diferentes estilos ao longo da noite e, aos poucos, abandona-se o salão (nem que seja por insistência do porteiro) e ruma-se ao exterior desconhecido. Neste cenário, seremos todos circunstâncias na vida de alguém, a menos que acreditemos que o universo conjura para nos empurrar na direcção deste ou daquele par, desta ou daquela música. Que exercício curioso é olharmos para o nosso par actual (nunca se sabe se vitalício) e imaginarmos as músicas que dançou sozinho e acompanhado, os pares que convidou, as vezes que foi convidado (aceitando ou rejeitando)...
Eu diria que um homem na vida de uma mulher é um complemento.
Haja quem o saiba ter como um bom complemento.
Haja quem saiba ser um bom complemento.
"Sós, Somos Nada"
Sozinha, és uma lua sem luar no dia;
Só, eu sou um sol na noite, sem energia.
Mas, se nós nos unirmos, seremos pop star:
nós seremos um eclipse (lunar e solar).
Então, todo mundo nos contemplará, bem juntos,
como fossemos eclipse: seremos assuntos.
Vamos fazer das ruas a nossa passarela.
Nós seremos estrelas; nosso amor será novela.
Se nosso fenômeno depender dos sentimentos
meus (anseios), vai ser eterno como Deus e os ventos.
Ruilendis
Falando de acasos e de circunstâncias, outros publicam sobre o tema:
"Nem um som"
"Foram necessários oito degraus.
Oito degraus e um dia de sol gelado.
Um dia de sol gelado e pedaços de corpos vazios,
O ruído atroador de uma conversa de nada.
Décadas e triliões de ódios.
E de amores.
De partidas e de chegadas,
De abandonos mútuos desencontrados,
Um universo rodopiante de acasos.
Tudo isso criou a existência do teu segundo.
O tempo de um gesto curto,
De uma íris a reduzir-se,
De uma morte.
Todas as coisas cessaram perante o teu segundo em mim.
Poderia falar eternamente da petrificação dos seres,
Escrever um infinito de letras, palavras e sílabas.
Absolutamente nada te faria ver,
Meu amor,
O batimento que o meu coração falhou por ti."
Quem são os outros?
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